Se
Neil Gaiman deseja que nós cometamos mais erros, pois eles significam que
estamos sempre tentando novas coisas, eu, humildemente, desejo que tenhamos
mais cicatrizes.
Se
os erros te mostram que você anda tentando, experimentando e ousando, as
cicatrizes te lembram o que você em algum momento tentou, experimentou e ousou,
e quais ensinamentos tirou de cada vivência.
Não
falo apenas de cicatrizes físicas, visíveis na pele, mas sim de todas as
cicatrizes que cada um carrega consigo.
Quem
tem cicatrizes, em algum momento, arriscou mais do que podia naquele momento,
mais do que seu corpo, coração ou mente eram capazes de ousar. A coragem de
arriscar e se expor é o que move a vida, junto com os erros.
Quem
tem cicatrizes tem histórias para contar e conselhos para dar. Não conselhos de
“faça de tal modo”, mas conselhos de “abra seus olhos para esse caminho, ele te
prepara surpresas, tanto boas quanto não tão boas”. Uma vez que quem tem
cicatrizes sabe que elas são só suas, porque naquele momento o que tentou não
coube como deveria, mas isso não significa que não caberá para mais ninguém, ou
até mesmo para você em algum outro momento da vida.
E
sabe qual a melhor parte da cicatriz? Ela cicatrizou, fechou, reparou o dano
feito. Marcou, mas não dói mais. É apenas um gatilho para as lembranças e para
as novas tentativas.
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